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Luís da Cunha Taborda

Luís da Cunha Taborda
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Data da primeira prisão

Nasceu em Alcains, concelho de Castelo Branco, em 1915, filho de Maria Patrocínio Raposo e de José da Cunha Taborda.
Grumete-artilheiro, pertencia, desde 1933, à Organização Revolucionária da Armada, desenvolvendo a sua ação na “Fragata D. Fernando”, cuja célula organizou e controlava, e era considerado o elemento que mais contribuiu para o reforço daquela.
Preso em 4 de março de 1935, “acusado de estar filiado no PCP, de fazer parte das células organizadas dentro da Armada e de fazer distribuição de folhetos comunistas entre os seus camaradas”, para além de manter ligações com civis.
Levado para uma esquadra, foi transferido, em 2 de maio, para a Cadeia do Aljube, regressou, no dia 10 a uma esquadra e, enviado, de novo, para aquela cadeia no dia 24.
Julgado, em 14 de dezembro de 1935, pelo Tribunal Militar Especial, foi condenado em 23 meses de prisão correcional e suspensão dos direitos políticos por cinco anos. Seguiu, em 18 de março de 1936, para Peniche e, em 14 de outubro, para Caxias, a fim de ser deportado, em 18 de outubro, para Cabo Verde, dando entrada no Campo de Concentração do Tarrafal. Terminada, em 27 de janeiro de 1937, a pena imposta pelo TME, continuou em prisão preventiva. Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35 041, de 18 de Outubro de 1945, regressou a Lisboa, no navio “Guiné”, 10 anos depois, em 1 de fevereiro de 1946, saindo em liberdade.