Natural de Portalegre, trabalhador. Nasceu a 15 de abril de 1915, filho de Maria José e de Manuel Barbacena.
Em 12 de agosto de 1938, deu entrada na sede da PVDE, enviado pelo Cônsul de Portugal em Rabat, e recolheu à 1ª Esquadra. Foi transferido para a Cadeia do Aljube em 21 de agosto de 1938, e depois sucessivamente transferido para o Reduto Norte da Cadeia de Caxias (24-09-1939), Cadeia do Aljube (6-10-1939), Cadeia de Caxias (24- 11- 1939), Cadeia do Aljube ( 22-12-1939).
Em 3 de Janeiro de 1940 foi entregue no Juízo de Direito da Comarca de Castelo de Vide e, em 11 de janeiro de 1940, deu novamente entrada na sede da PVDE, enviado pelo Delegado do Procurador da República na Comarca de Castelo de Vide.
Voltou para a Cadeia do Aljube e foi transferido para a Cadeia de Caxias (12-01-1940). Segundo consta do registo prisional: “Combateu na guerra de Espanha pelo lado dos vermelhos, com a graduação de cabo. Tendo sido feito prisioneiro pelos nacionalistas e conseguindo ludibriá-los, foi incorporado por estes na Legião Estrangeira, de onde desertou para os marxistas, onde foi ocupar o seu lugar na frente de combate”.
Em 27 de fevereiro de 1941 embarcou para o Campo de Concentração do Tarrafal. Por ter sido abrangido pelo decreto nº 35 041 (amnistia), foi libertado em 20 de dezembro de 1945, e regressou a Lisboa no barco "Guiné", a 1 de fevereiro de 1946, 5 anos depois de ter sido encarcerado naquele Campo.