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Manuel Augusto da Rosa Alpedrinha

Manuel Augusto da Rosa Alpedrinha
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Data da primeira prisão

Jornalista e destacado resistente anti-fascista, foi dirigente do PCP no início dos anos 1930. Passou 13 anos como preso político sob a ditadura do “Estado Novo”.
Nasceu a 8 de Abril de 1905, em Mação, distrito de Santarém.
Diplomado em 1926 pelo Instituto das Missões Civilizadoras Laicas, frequentou depois a Escola Superior Colonial.
Inicialmente ligado ao Partido Republicano Português, em 1928 foi um dos fundadores do jornal Liberdade e aderiu ao Partido Comunista Português. Em 1929 foi iniciado na Maçonaria – de que se afastaria por exigência do PCP.
Tinha sido preso pela primeira vez a 1 de Dezembro de 1927, por se manifestar contra a ditadura militar, sendo solto no mesmo dia.
Foi preso uma segunda vez a 22 de julho de 1928, por suspeita de ter participado numa revolta contra a ditadura dois dias antes. Foi restituído à liberdade cerca de um mês depois, a 18 de Agosto.
Integrou o secretariado do PCP em 1931, passando à clandestinidade no ano seguinte. Foi novamente preso a 20 de Fevereiro de 1933, agora por ser dirigente do PCP. Desta vez só veio a ser libertado 13 anos depois. Passou pelas prisões do Aljube e da Penitenciária em Lisboa, da fortaleza de S. João Batista em Angra do Heroísmo, até ser deportado, em Outubro de 1936, na primeira leva de prisioneiros para o campo de concentração do Tarrafal, em Cabo Verde.
Libertado a 1 de Fevereiro de 1946, refez a vida trabalhando como jornalista, sucesivamente nas redações dos diários República, Diário de Lisboa, Capital e Jornal do Comércio.
Permaneceu até ao fim da vida como uma referência da oposição à ditadura e como militante do PCP.
Depois do 25 de Abril foi presidente da URAP (União de Resistentes Antifascistas Portugueses) e da Associação de Amizade Portugal-Cuba, além de membro do Conselho de Imprensa.
Faleceu em Cascais, a 30 de Dezembro de 1984.