Nasceu em Farim. De etnia Mandinga, muçulmano, analfabeto, casado “segundo os usos e costumes”, pai de dois filhos, lavrador.
Filiou-se no P.A.I. em 21 de fevereiro de 1961 Preso em Morés em abril de 1962, a pedido da PIDE, pelos Serviços Militares de Mansoa. Acusado de implicação em atos subversivos, foi levado para Maussabá, depois para Mansoa, Bula, Bissau. Em agosto foi de novo enviado para Mansoa e, após uma curta passagem pela Ilha das Galinhas, enviado para o Tarrafal, onde deu entrada a 4 de setembro do mesmo ano. Os responsáveis do campo atestaram sempre ter “bom comportamento prisional”, mas em 1964 e 1965 consideravam-no “perigoso e irrecuperável”. Só em 1968 é dito “reabilitado para meio isento de subversão”. Regressou à Guiné em 1969.
Mussá Camará
Data aproximada da primeira prisão
Abril de 1962