Natural de Lisboa, onde nasceu a 19-10-1916, filho de Francisco da Silva e de Maria Madalena da Silva.
Carpinteiro, foi preso pela PVDE em 9 de julho de 1936, "motivo comunista", "recolhendo a uma esquadra".
Em 1 de abril de 1936, tinha sido julgado à revelia em Tribunal Militar Especial e condenado na pena de 480 dias de prisão correcional.
Entretanto, noo dia 28-07-1936, foi transferido para a Fortaleza Militar de Peniche. Em 14 de outubro de 1936, é colocado no Reduto Norte do Forte de Caxias, embarcando para Angra do Heroísmo, nos Açores, no dia 17 de outubro.
Já preso na Fortaleza de S. João Batista, foi de novo julgado pelo TME em 29-05-1937, sendo condenado na pena de 4 anos e meio de prisão correcional e mais 156 dias da primeira condenação!
Em 10 de setembro de 1937, dado o agravamento do seu estado de saúde, requereu a sua transferência para o Continente - sendo informado que "da informação médica se depreendia não ser indispensável a transferência", após o que Rui Ricardo da Silva voltou a insistir, em 15-12-1937, o que foi "deferido sem dispêndio para a Fazenda Nacional"!
Vindo de Angra do heroísmo, deu entrada na Cadeia do Aljube a 9 de fevereiro de 1938 e, no dia seguinte, foi levado para o Hospital de S. José, aí falecendo nessa data, com 21 anos, por notória recusa de assistência e em resultado dos maus tratos que sofrera anteriormente.
Rui Ricardo da Silva
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Data da primeira prisão