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Virgílio Bartolini

Virgilio Bartolini
Data aproximada da primeira prisão
junho 1941

O cidadão italiano Virgilio Bartolini foi um dos elementos capturados pela PVDE no posto fronteiriço galego de Beirã, em junho de 1941: "havia entrado, indocumentado e clandestinamente em Portugal" e "se fazia passar por português".
Acusado de alegado envolvimento na rede de infiltração de estrangeiros, que dará lugar a um processo com cerca de 30 arguidos, foi ainda acusado de ter afirmado, em 1941, que “cerca de cinquenta mil homens” tinham entrado ilegalmente em Portugal. A PVDE contrapõe (auto de perguntas de 15-08-1941 do Proc. 1654/41, vol. 2.º) que esse número é exagerado pois corresponde ao número do total de estrangeiros que, segundo o relatório do Alto-Comissário para os Refugiados, tinham entrado em Portugal entre os meses de Junho de 1940 e o Verão de 1941.
Enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, dá ali entrada em 8 de janeiro de 1942.
Com despacho "pelo Director, a) Esmeraldo Pais Prata, Médico", de 27-01-1944, sai a 27 de janeiro de 1944, com destino à "Directoria" da PVDE.
Transportado para a Cidade da Praia, para embarcar no vapor "Guiné", com ele seguiram António Augusto Pires, António Guerra, António Carlos Castanheira, Manuel Borges do Canto, Erich Willi Reindfleisch, Willi Kalleske e Pinkus Israelski - terão desembarcado em Lisboa a 14 de fevereiro de 1944, seguindo Bartolini para o Forte de Caxias.
Entretanto, a Embaixada Britânica em Lisboa dirige-se à PVDE, nessa mesma data, a solicitar autorização para que Virgilio Bartolini (preso no Forte de Caxias) ali se possa dirigir para tratar das formalidades necessárias à sua partida.