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Revolta 26 agosto 1931

Os efeitos da derrota foram desastrosos, com dezenas de mortos e centenas de feridos e com locais particularmente flagelados pela aviação, como ocorreu em redor do Forte de Almada. Para além das zonas já referidas, os revolucionários estenderam ainda a sua ação à zona Oeste, tendo Sarmento de Beires ocupado a Câmara Municipal de Loures e tomado de assalto a GNR local, num gesto mais simbólico que significativo do ponto de vista operacional. As prisões e deportações sucedem-se aos milhares, entre civis e militares, no dia 26 e seguintes.
No rescaldo da revolta de 26 de agosto de 1931, uma escassa semana depois, a imprensa do regime - designadamente, o "Diário da Manhã" - anuncia vitoriosa a deportação para a longínqua colónia de Timor de 380 presos políticos, cuja lista se publica, tal como foi anunciada naquele órgão de imprensa. Chamamos a atenção para o facto de não se possuir confirmação exata de todos os nomes constantes dessa lista e também se não conhecer o destino de muitos outros presos.
A Revolta de 26 de agosto de 1931, em Lisboa, surge na sequência da derrota da “Revolta das Ilhas” (abril-maio de 1931) e do clima de enorme indecisão reinante entre as diferentes famílias políticas de oposição à Ditadura no Continente. Com o fim de desmobilizar a revolta armada, a Ditadura ia propalando a promessa de umas eleições administrativas, como acontecera na vizinha Espanha, em 1930. Essa era uma ideia que sempre obteve apoio entre os setores moderados da oposição.