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Canções de Resistência

A canção No Passarán exprime de modo direto a palavra de ordem da defesa republicana de Madrid contra as tropas de Franco e os seus mouros. Esta e outros canções da Guerra Civil Espanhola tiveram, naturalmente, grande impacto em Portugal, apesar da dura repressão que aqui acompanhou toda essa época. Interpretação de Rolando Alárcon    
Esta canção da Guerra Civil Espanhola, celebra os duros combates do Exército do Ebro contra os mouros, mercenários e fascistas. Em Portugal, era muitas vezes designada por "Ay Carmela, ay Carmela", o que representa a recuperação de uma música datada do século XIX e originariamente composta em 1808 contra a invasão francesa na Guerra da Independência Espanhola. Intérprete: Rolando Alarcón  
1963
Trova do Vento que Passa é uma balada da autoria de Manuel Alegre e António Portugal, cantada, em 1963, por Adriano Correia de Oliveira. Tornou-se rapidamente uma das principais armas de denúncia da situação do país, já mergulhado na guerra colonial. Pergunto ao vento que passa notícias do meu país e o vento cala a desgraça o vento nada me diz. Mas há sempre uma candeia dentro da própria desgraça há sempre alguém que semeia canções no vento que passa.
1963
A canção Os Vampiros, da autoria de José Afonso, foi originalmente gravada, em 1963, sendo publicada no disco Baladas de Coimbra. Na sua divulgação desempenhou papel de grande relevância a participação de José Afonso em inúmeras iniciativas estudantis, em que - até à sua proibição - aquele tema era recorrentemente exigido pela assistência. Tornou-se uma das canções mais emblemáticas do que era, na verdade, o fascismo e os seus vampiros.
1971
Com letra de Natália Correia, José Mário Branco criou em 1971 a canção "Queixa das almas jovens censuradas", que seria incluída no album "Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades".Chegou rapidamente ao nosso país através de discos trazidos do estrangeiro e tornou-se uma das canções mais fortes da luta pela liberdade.Interpretação de José Mário Branco
1953-1954
O Hino de Caxias resultou do trabalho coletivo de quantos se encontravam presos numa cela daquela cadeia e num momento agudo de luta contra os carcereiros - evidenciado pelos castigos em "cela disciplinar" que vários deles sofreram nessa época (finais de 1953 e início de 1954). A música do Hino de Caxias é da autoria de Vasco da Costa Marques, seguindo a ideia dos companheiros de cela, que queriam marcar o ritmo com as tairocas de madeira (tamancos de sola de madeira e couro forte), batendo no chão, enquanto cantavam.