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Sebastião da Encarnação Júnior

Sebastião da Encarnação Júnior
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Data da primeira prisão

Nasceu em Alcoutim, em 10 ou 19 de outubro de 1895, filho de Sebastião da Encarnação.
Quando sargento-ajudante, participou na revolta de fevereiro de 1927, tendo-lhe sido fixada residência fora do Continente. Abrangido pelo Decreto n.º 16 002, de 4 de outubro de 1928, que dava a possibilidade de colocação nas colónias e reintegração nos quadros ou serviços a que pertenciam magistrados e funcionários civis e militares que tomaram parte no movimento de fevereiro de 1927, e bem assim aqueles a quem pelo Governo tenha sido fixada residência nas ilhas adjacentes ou nas colónias por motivos de natureza política, a partir de 28 de Maio de 1926 até 15 de Julho de 1928, voltou a estar envolvido em movimentações contra a ditadura militar.
Preso em dezembro de 1928, seguiu, primeiro, para Ponta Delgada e, depois, para Cabo Verde, encontrando-se, em junho de 1932, deportado na Ilha do Sal. Abrangido pela amnistia de 5 de dezembro desse ano, regressou ao Continente em 1933.
Entregue, em 17 de novembro de 1936, pela PSP de Beja à PVDE, ficou, no dia seguinte, em regime de incomunicabilidade, seguindo-se a passagem por diversas prisões: Aljube (17 de dezembro), Fortaleza Militar de Peniche (7 de fevereiro de 1937) e 1.ª esquadra (5 de julho).
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 7 de julho e condenado em 4 anos de desterro, multa de quatro mil escudos e perda dos direitos políticos por cinco anos, passou pela Cadeia do Aljube (8 de julho) e Peniche (13 de setembro).
Transferido, em 23 de outubro, para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo, seria julgado novamente, por ter interposto recurso, em 3 de novembro, sendo-lhe confirmada a sentença.
Libertado em 23 de dezembro de 1938, por ter sido indultado, apresentou-se na sede da PVDE em 6 de janeiro de 1939.
Continuava a residir e a trabalhar na região de Beja quando foi novamente preso e entregue, em 25 de fevereiro de 1942, pelo Comando da PSP daquela cidade. Integrava, então, a rede de espionagem anglo-portuguesa do “SOE” (Special Operations Executive, Seção H), mais conhecida por “Rede Shell”, onde era um elemento importante. Foram-lhe apreendidos papéis com instruções detalhadas e cartuchos de dinamite.
Levado, incomunicável, para uma esquadra, passou, em 5 de maio, para o Forte de Caxias e, em 20 de junho, foi transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, de onde regressou em 27 de janeiro de 1944.
Conduzido para o Hospital Júlio de Matos, entrou, no dia 2 de fevereiro, no Forte de Caxias e, em 23 de maio, passou para a Fortaleza Militar de Peniche, de onde saiu em liberdade condicional no dia 29.
Voltou a ser detido em Beja e entregue, em 13 de fevereiro de 1949, à PIDE, “para averiguações”, foi encaminhado para o Forte de Caxias. Transferido, no dia 23, para o Aljube, a fim de entrar na sua enfermaria, regressou àquela prisão em 19 de março e veio a ser libertado em 23 de abril de 1949.