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Abílio Guimarães

Abílio Guimarães
8872
Data aproximada da primeira prisão
1930

Nasceu no Porto, em 15 de novembro de 1896, filho de Francisca Ferreira e de Manuel Gaspar Guimarães.
Carpinteiro, com residência no Porto, cidade onde tinha uma oficina e foi preso em 1930, terá sido deportado para Timor, acusado de estar envolvido num atentado bombista em preparação.
Em 1937, encontrava-se deportado em Moçambique e, “em virtude da propaganda comunista que ali desenvolvia”, foi enviado para Lisboa, tendo-se evadido “do navio em que vinha, simulando um suicídio e sendo capturado quando já em terra fugia à ação da Polícia”.
Preso e entregue, em 18 de novembro de 1937, à PVDE pela Polícia Marítima, foi levado para a 1.ª esquadra, seguiu, em 27 de dezembro, para Peniche, regressou, em 7 de abril de 1938, à 1.ª esquadra e, em 17 de  junho, passou para o Forte de Caxias.
Considerado “um elemento extremamente perigoso, manipulador de bombas consequentemente indesejável”, foi enviado para o Campo de Concentração do Tarrafal em 1 de abril de 1939, sem nunca ter sido julgado ou condenado.
Abrangido pela amnistia estabelecida pelo Decreto-Lei n.º 35.041, de 18 de Outubro de 1945, regressou a Lisboa, no barco “Guiné”, em 1 de fevereiro de 1946, saindo em liberdade.
Considerado anarquista, voltou para o Porto, onde conviveu com Carlos Cal Brandão, Mário Cal Brandão e Virgínia Moura, entre outros, e aqui faleceu em 24 de setembro de 1972.