Nasceu em Penamacor, Castelo Branco, em 23 de setembro de 1917, filho de Maria Adelaide dos Santos e de José Martins Leitão.
Vidraceiro, com residência em Lisboa, foi preso em 1 de maio de 1936, sendo referenciado como “extremista”. Levado para uma esquadra, passou, em 7 de junho, para a Cadeia do Aljube, de onde foi transferido, em 18 de outubro de 1936, para o Campo de Concentração do Tarrafal.
Regressou em 20 de fevereiro de 1945, entrou no Forte de Caxias e, em 7 de março, foi julgado pelo Tribunal Militar Especial: condenado em dez anos de degredo e multa de vinte mil escudos, ficando, depois, à disposição do Governo. Passou, então, a circular entre o Aljube, Forte de Caxias e enfermaria do Aljube, entrando em Peniche em 22 de dezembro de 1945. Passou, no último dia do ano, para a tutela do Ministério da Justiça. Em 5 de setembro de 1949, o Tribunal de Execução das Penas concedeu-lhe, sob determinadas condições, a liberdade condicional por três anos, ficando a vigilância da sua conduta a cargo da PIDE.
Por ter sido condenado em um mês de prisão pelo Tribunal da Relação de Lisboa de 4 de maio de 1953, pelo crime de ofensas corporais, foi-lhe revogada a liberdade condicional, voltando a ser detido em 23 de maio.
Por sentença de 8 de setembro, foi-lhe novamente concedida, por três anos, a liberdade condicional. Passou a residir no Algueirão e a sua conduta continuou a ser vigiada pela PIDE. Obteve, em 24 de agosto de 1955, a liberdade definitiva.
João Martins Leitão
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Data da primeira prisão