Luís Perdigão Bastos | Memória Comum

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Data da primeira prisão

03 de Setembro de 1963

Biografias em destaque

Amável Vitorino

Amável Vitorino, sapateiro em Mora, foi entregue pelo Comando da PSP de Évora à PVDE em 13-12-1940, «por comentários desagradáveis à actual situação política do país e seus dirigentes», sendo libertado em 01-02-1941. Preso de novo pela PIDE em 28-04-1952 em Mora «para averiguações», deu entrada na Directoria no dia seguinte e recolheu ao Depósito de Presos de Caxias. Libertado em 22/08/1952. Trata-se de um daqueles casos evidentes de perseguição a um homem contra o qual nada consta de substancial no Registo Geral de Presos da polícia política.

Octávio Floriano Rodrigues Pato

Corajoso combatente pela liberdade, pela justiça e pela democracia, na Resistência. Começou muito cedo a ser perseguido pela PIDE, mas nada o travou na forma intransigente e constante com que lutou contra a Ditadura. Esteve preso, foi barbaramente torturado, encarou com grande dignidade a brutalidade e as pressões da polícia, e cumpriu 9 anos de prisão nas cadeias fascistas. Após o 25 de Abril foi um destacado dirigente do PCP.

Aurora Rosa Salvador Rodrigues

Magistrada do Ministério Público em Évora, Aurora Rodrigues, ex-militante do MRPP, foi um dos muitos presos por delito de opinião no tempo da ditadura. Submetida, em sucessivos longos períodos, à tortura do sono, terá sido dos estudantes mais brutalmente torturados pelo regime fascista. A sua coragem e o seu desassombro fizeram-na, certamente, surgir aos olhos da ditadura e da polícia política como uma provocadora, tal a sua capacidade de afrontar os torturadores e de resistir à violência e à brutalidade com que foi tratada.

José da Felicidade Alves

Cidadão de uma enorme coragem, o Padre Felicidade (como era conhecido também nos meios antifascistas não católicos), foi uma das figuras centrais da oposição dos católicos à ditadura, sobretudo a partir de meados da década de 60.

Daniel Gonçalo Rodrigues de Ascensão Filipe

Combatente contra a ditadura de Salazar, perseguido e torturado pela PIDE, é um poeta nascido em Cabo Verde e que faz parte da história da Literatura Portuguesa do século XX. Nem portugueses, nem cabo-verdianos prescindem da memória de Daniel Filipe – ela pertence aos dois países irmãos: a Cabo Verde porque ali nasceu, a Portugal porque aqui viveu, sofreu, amou e escreveu a sua poesia, de enorme grandeza.