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Censura

março de 1916
Em 23 de Fevereiro de 1916, o governo português requisitou os navios mercantes alemães fundeados no Tejo. O Imperador da Alemanha deu de imediato instruções a Friedrich Von Rosen, embaixador em Lisboa, para apresentar, em 9 de Março de 1916, a Declaração de Guerra a Portugal (em anexo).
A 22 de junho de 1926, escassos 25 dias após o golpe militar que implantou a ditadura em Portugal, com a chancela da Polícia Cívica de Lisboa, o capitão Aníbal de Azevedo, remete aos diretores dos jornais diários um ofício (cujo texto se reproduz em imagem) anunciando o estabelecimento da censura à Imprensa e, desde logo, que nenhum jornal poderá sair "sem que quatro exemplares do mesmo sejam presentes ao Comando Geral da Guarda Nacional Republicana (*), para aquele fim."
A imposição da censura à imprensa foi uma das primeiras preocupações dos militares que levaram a cabo o golpe de Estado do 28 de maio de 1926. Menos de um mês depois já os jornais eram obrigados a ostentar na primeira página o ignominioso carimbo “este número foi visado pela Comissão de Censura”. E, a 5 de julho seguinte, o governo emite legislação que “regula qualquer forma de publicação gráfica seja ou não periódica”.
1944/1947
Quando se fala de propaganda, vem quase sempre à baila o SPN (Secretariado da Propaganda Nacional, criado em 26 de Outubro de 1933 por António Ferro), mais tarde, o SNI (Secretariado Nacional de Informação, que lhe sucedeu em 1945) e, mesmo, a SEIT (Secretaria de Estado da Informação e Turismo, criada em 1968, com a subida ao poder de Marcelo Caetano).