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Revolta do Castelo, 20 julho 1928

Apesar da derrota sofrida na Revolução de 1927, a «Liga de Defesa da República», sediada em Paris, e o «Bloco das Esquerdas» conseguem assumir, em 1928, um novo combate militar contra a ditadura, a designada "Revolta do Castelo".(Textos de Luís Farinha). Siga os vários artigos em "Destaques".
A derrota do republicanismo radical e a abdicação dos “democráticos”, dos nacionalistas e dos liberais – bem como a desistência de ação política dos socialistas -, abriu o caminho aos situacionistas e às correntes mais conservadoras e fascizantes da Ditadura Militar. O que fora uma promessa de “ditadura temporária regeneradora” começava, a pouco e pouco, a configurar a “Ditadura Nacional”.
Julho 1927
A linha programática da Liga de Defesa da República, herdeira do capital revolucionário de “Fevereiro de 1927”, passava pela restauração da República Democrática, com acentuadas correções a introduzir por um governo provisório de carácter revolucionário, impedindo a todo o custo o "regressismo" à situação anterior ao “28 de Maio”.
Um ano e poucos meses depois da “Revolução de 3 de Fevereiro de 1927”, a organização das oposições anti-ditatoriais era frágil, tanto no plano civil como no campo militar. A disposição para fazer sair a Revolução coube no exterior à “Liga de Paris” e no interior a um Comité Revolucionário. Mas os seus principais dirigentes e o Comité Revolucionário seriam presos em maio pelas polícias da ditadura.
Para combater a descoordenação da “Revolta de 3 de Fevereiro de 1927”, o movimento revolucionário de 1928 tinha estabelecido ramificações a nível nacional – que, no entanto, não chegaram a contribuir decisivamente para o movimento revolucionário. As tropas governamentais conseguiram aniquilar rapidamente as intenções dos revoltosos.
A segunda derrota do Reviralho em pouco mais de um ano conduziu a um reforço da “Situação”. A resposta política da Ditadura não se fez esperar e, com a imprensa a dar cobertura à ação de Salazar, amplificando-a e glorificando-a, o governo aprova o Decreto n.º 15790, que "estipula as sanções a aplicar aos militares e civis implicados na Revolta do Castelo.