De âmbito multidisciplinar, o Museu Nacional Resistência e Liberdade terá como missão a preservação da memória histórica da Fortaleza de Peniche e da Luta do Povo Português, em particular, da Resistência à Ditadura, pela Liberdade e pela Democracia.
Na sequência de protestos nacionais contra a tentativa de entrega da Fortaleza para instalações hoteleiras, decidiu-se preservar a integridade deste edificado histórico, militar e prisional, através de um projeto de musealização.
O Conselho de Ministros, realizado na Fortaleza de Peniche a 6 de maio de 2017 pelo XXI Governo Constitucional, determinou a criação de um Museu Nacional, que, ao preservar a memória de 48 anos de supressão das liberdades em Portugal, perpetuará uma reflexão essencial à construção do futuro.
Projeto do Museu (2020)
O pátio da cisterna, que também foi o pátio principal da prisão, é o elemento estruturante do Projeto de arquitetura do Museu Nacional Resistência e Liberdade. Pretende-se que seja um espaço vivido e frequentado por habitantes locais e visitantes, com acesso livre através do hall da receção e servido pela cafetaria.
Com entrada através da antiga porta do palácio do governador, o hall da receção é um espaço aberto para o pátio, com balcões, bengaleiro, zonas de estar, acesso às casamatas e ligação à cafetaria e à loja do museu.
Organizado em torno do pátio da cisterna, o museu tem início e conclusão no hall da recepção, atravessa os quatros blocos e os quatro pátios do núcleo central da prisão política e estrutura-se em diferentes núcleos.
Cada núcleo tem características próprias, relacionadas com o caráter dos espaços existentes. Os ambientes do percurso museológico variam entre os núcleos de celas de alta segurança, brancas, frias e despidas, e os restantes núcleos, dedicados em grande parte ao tema da resistência ao regime fascista. Estes são caracterizados por uma luz reduzida e justa, com som e silêncio controlados e materiais que procuram o máximo conforto. Outros espaços podem ser adicionados ao percurso museológico principal, nomeadamente as casamatas e os próprios pátios.
No exterior pretende-se clarificar a condição do lugar, como ilha, marcada pelo isolamento em relação ao território e à cidade. Neste sentido, é recuperado o fosso junto ao revelim de entrada, hoje ajardinado, devolvendo a presença da rocha em toda a sua extensão e intensificando o percurso de aproximação ao conjunto, sobre a ponte.
http://www.museunacionalresistencialiberdade-peniche.gov.pt/pt/
Fortaleza de Peniche
Reserva Natural das Berlengas, Campo da República 609, 2520-607 Peniche
+351 262 789 159 | + 351 262 798 028