Nasceu na freguesia de Santa Isabel, Lisboa, em 13 de fevereiro de 1917, filho de Bárbara Garcia e de Carlos Inácio Marques, proprietários de uma sapataria na Rua de S. Bento, em Lisboa.
Carpinteiro de moldes do Arsenal da Marinha, seria militante do Partido Comunista e foi preso, em 5 de setembro de 1935, “por ordem superior”, sendo levado para uma esquadra. Transferido, em 29 de novembro, da 1.ª esquadra para a Fortaleza de Peniche e, em 24 de março de 1936, para a Cadeia do Aljube.
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 24 de março de 1936, saiu em liberdade em 10 de abril por ter sido absolvido.
Preso uma segunda vez em 8 de março de 1937, “para averiguações”, recolheu ao Aljube e, em 6 de abril, passou, incomunicável, para uma esquadra, de onde seguiu, em 11 de maio, para a 1.ª esquadra. Regressou ao Aljube em 2 de junho para, no dia 5, ser deportado para Cabo Verde, com destino ao Campo de Concentração do Tarrafal.
Regressou do Tarrafal em 1 de outubro de 1944, muito debilitado pela tuberculose, levado para Caxias e julgado, em 1 de novembro, pelo Tribunal Militar Especial.
Depois de uma prisão preventiva de sete anos e 238 dias, seria condenado na pena de 23 meses de prisão correccional, dada por expiada, e libertado em 7 de novembro de 1944.
Benjamim Inácio Garcia
1684
Data da primeira prisão