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Os que ficaram pelo caminho

Nesta página pode aceder aos nomes de quantos, já devidamente identificados, ficaram pelo caminho, mortos em manifestações e protestos, sob tortura, nas cadeias, nos campos de concentração e como resultado direto dos maus-tratos sofridos à mão das várias polícias do fascismo.

A todos quantos possuam elementos que possam ajudar a aprofundar estes dados, muito agradecemoa que nos informem.

José James Harteley Barnetto

Data da morte:

Fernando Luís Barreiros dos Reis participou na manifestação que exigiu a rendiçaõ da PIDE/DGS em 25 de abril de 1974. Os pides, entricheirados na sede, que os militares revoltosos não consideraram um objetivo, dispararam furiosamente a partir das varandas e das janelas do edifício sobre a multidão na rua, causando quatro mortos e dezenas de feridos. Perto das 20h30, Fernando Reis foi atingido mortalmente pelas balas assassinas da PIDE/DGS.

José Joaquim Viegas Fuzeta

Data da morte:

Marítimo, natural de Olhão, foi preso pela PVDE em 19-09-1939 e, pela segunda vez, em  29-02-1942, sendo transferido para a PVDE e dando entrada na Cadeia do Aljube. Seguem-se baixas à enfermaria até que, vítima dos espancamentos que sofreu, baixou ao Hospital de S. José, sendo depois internado no Hospital de D. Estefânia, onde morre em 5 de julho de 1942, com 45 anos de idade.

José Lopes

Data da morte:
1950

Pintor da construção civil, 44 anos, morre em 1950 na Penitenciária de Coimbra.

José Lopes da Silva

Data da morte:
1937

Operário, 29 anos, morre em 1937 durante a tortura.

José Machado e Melo

Data da morte:
1936

Sapateiro, 45 anos, morre em 1936 na prisão da Fortaleza de Angra do Heroísmo, Ilha Terceira, Açores.

José Maires

Data da morte:

Com a profissão de empregado de comércio, deu entrada na Delegação do Porto da PVDE, vindo de Vila Real, em 25-08-1937. Foi mandado para o Aljube do Porto, "à disposição do Tribunal Militar Especial", que o condenou, em 27-08-1937, na pena de 6 anos de degredo "para qualquer parte do Território Colonial". No dia seguinte, é transferido para o Depósito de Presos de Peniche até ser entregue, em 20-10-1937, ao Tribunal da comarca de Vila Real, "a fim de ser julgado por um processo-crime". Regressa à Fortaleza de Peniche em 04-11-1937. A 03-02-1938, é transferido para a Cadeia do Aljube, em Lisboa, baixando à respetiva enfermaria no dia 25 do mesmo mês de fevereiro. A 29 de abril, é-lhe dada alta e é transferido para o Hospital Curry Cabral. Em 25-01-1939, regressa ao Aljube, baixando à enfermaria dois dias depois. Em 03-03-1939, é transferido para o Hospital de S. José e, em data desconhecida, é levado para o Hospital Curry Cabral, onde vai falecer em resultado dos maus tratos sofridos, no dia 3 de maio de 1939, com 26 anos de idade.

José Manuel Alves dos Reis

Data da morte:

Marceneiro e libertário, foi entregue à PVDE pelo Administrador do Concelho do Barreiro. Sem nunca sequer ser "julgado", segue para o Tarrafal a 5 de junho de 1927, vindo a morrer, no dia 11 de junho de 1943, com a idade de 49 anos, quando já  "dependia da ajuda dos companheiros, para se recostar nos travesseiros, para comer, para lhe lavarem a roupa, os pratos, as colheres".

José Manuel Pinheiro

Data da morte:

Vítima dos espancamentos da PIDE, na sequência da "Guerra do Cambedo", José Manuel Pinheiro, foi levado, pouco mais de um mês após a sua prisão, para o Hospital Geral de Santo António, no Porto, onde acabou por falecer no dia 17 de agosto de 1947, aos 61 anos de idade.

José Moreira

Data da morte:

Serralheiro de profissão, foi trabalhar ainda muito jovem como operário vidreiro para a Marinha Grande. Militante do Partido Comunista Português, passou à clandestinidade em 1945, assumindo a responsabilidade pelo aparelho técnico.
A 22-01-1950, José Moreira, foi detido com a sua companheira numa casa clandestina em Vila do Paço, Torres Novas, sendo de imediato sujeito a violentas torturas que lhe provocaram a morte, provavelmente a 23-01-1950, aos 37 anos de idade. Para esconder o crime, a PIDE procedeu à encenação do suicídio, atirando o corpo do militante comunista de uma janela do 3.º andar da António Maria Cardoso.
 

José Pinto dos Santos

Data da morte:

José Vaz Rodrigues

Data da morte:
1948

O militante anarquista José Vaz Rodrigues, morreu após 11 anos de prisão cumprida na Penitenciária de Coimbra, condenado por participar no atentado a Salazar de 1937.
"Acabou sucumbindo ao peso da prisão e dos maus tratos que lhe foram infligidos. Morreu como tantos outros idealistas, acreditando numa sociedade de igualdade para todos."

José Vicente da Silva Costa

Data da morte:

Sapateiro, foi preso pela em 11-07-1932, sob a acusação de "Extrenista", "dando entrada no Manicómio Miguel Bombarda à ordem desta Secção (de "Defesa Política e Social") em 31-10-1932. O Registo Geral de Presos da polícia política acrescenta que faleceu no dia 2 de setembro de 1943 - mais de 11 anos depois da sua prisão.

Júlio dos Santos Pinto

Data da morte:

Com a profissão de caldeireiro, foi preso em 06-09-1932, acusado de “propaganda comunista” e de fazer parte da Federação das Juventudes Comunistas Portuguesas. Preso na Cadeia do Aljube, foi levado para o Hospital de São José em 19 de março de 1933, onde ficou internado. Em 24 de Março, regressou ao Aljube. Transferido para o Hospital de S. José no dia seguinte, “para tratamento”. Julgado em Tribunal Militar Especial a 16-12-1933, quando estava internado. A pedido do Ministério Público foi abrangido pela amnistia de 05-12-1932, sendo ordenado que fosse posto em liberdade “imediatamente”, tendo o Tribunal comunicado à Direção dos Hospitais Civis que Júlio dos Santos Pinto deixava de estar sob prisão. Faleceu no Hospital em 5 de Abril de 1934, com 22 anos de idade. 
 

Luís António Firmino

Data da morte:

Serrador em Montemor-o-Novo e militante do PCP, foi preso pela PIDE em 28-07-1949, saindo em 20-12-1951. De novo preso em 07-11-1967, sofreu um enfarte de miocárdio imediatamente após a submissão à tortura do sono, sendo mantido em regime de isolamento em caxias, sem assistência e com recusa da visita da família. Enviado para o Hospital-Prisão de Caxias, faleceu em 23 de janeiro de 1968, com 51 anos de idade.

Luís Guerra Correia

Data da morte:

Luís Guerra Correia, com a idade de 23 anos, empregado da companhia petrolífera Shell, foi assassinado em Lisboa, nas manifestações do 1.º de maio de 1931, violentamente reprimidas a tiro pela PSP e pela GNR.

Luis Montero Gamero ou Luis Montez Gamero

Data da morte:

Empregado de escritório, de nacionalidade espanhola, foi sucessivamente entregue, em 1941, à PVDE e, por esta, às autoridades espanholas.
Em 15-01-1945, foi entregue na Diretoria da polícia política, em Lisboa, pela GNR de Montemor-o-Novo, "tendo recolhido à Cadeia do Aljube". A 01-02-1945, seguiu para o Depósito de Presos de Caxias e, em 2 de março, baixou ao Hospital de S. José, onde veio a falecer no dia 14 de março de 1945, com a idade de 39 anos.

Manuel Agostinho Góis

Data da morte:
1967

Trabalhador agrícola de Cuba, 42 anos, morre vítima da tortura pela PIDE.

Manuel Augusto da Costa

Data da morte:

Militante anarquista, foi preso a 30 de janeiro de 1934 pela sua participação na greve revolucionária do 18 de janeiro e condenado pelo TME a 14 anos de degredo nas colónias. Embarcado em 8 de setembro de 1934 para a Fortaleza de S. João Batista, em Angra do Heroísmo, nos Açores, é transferido para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, dois anos depois, em 23-10-1936. Faleceu aos 58 anos, a 3 de junho de 1945, poucos dias depois de ter cumprido 30 dias de castigo na “frigideira”.

Manuel Coelho

Data da morte:

Manuel Coelho, proprietário do Hotel Portuense, na rua do Comércio, em Lisboa, foi morto pelos tiros da GNR e da PSP quando se encontrava "à janela da sua residência", durante as manifestações de 1.º de maio de 1931.

Manuel Esteves Carvalho

Data da morte:
1935

Alistou-se na Armada e participou na revolta de 7 de Fevereiro de 1927, sendo preso e deportado.
Regressou à Marinha Grande, onde trabalhou como operário vidreiro. Militante comunista, desenvolve intensa atividade, designadamente na unificação da organização sindical dos vidreiros, sendo novamente preso em 1932
Apesar de gravemente doente, participa na organização do movimento revolucionário de 18 de Janeiro de 1934. Preso, é internado no Hospital de Leiria, onde virá a falecer em 1935, com 27 anos de idade.

Manuel Fiuza Júnior

Data da morte:

Estucador e militante libertário, foi editor de A Voz dos Famintos.  Mais tarde terá aderido ao Partido Comunista Português. Detido diversas vezes, morreu no dia 2 de março de 1957 na Delegação da PIDE do Porto, na rua do Heroísmo, após violentas torturas e vários dias de “estátua”. Tinha 69 anos de idade.

Manuel Francisco da Silva

Data da morte:

Pedreiro e militante comunista, esteve preso na Fortaleza de S. João Batista na Ilha Terceira, nos Açores, desde 12 de novembro de 1933. Foi condenado em Tribunal Militar Especial em 14 anos de degredo com prisão e multa de 20.000$00 e "entregue ao Govêrno". Faleceu em 24 de agosto de 1941, "vítima duma congestão pulmonar", com a idade de 41 anos.

Manuel João

Data da morte:
1930

Padeiro, 43 anos, morre em 1930 sem assistência médica, em Cabo Verde, para onde fora deportado

Manuel Joaquim Nogueira

Data da morte:

Comerciante, foi preso na Madeira em 25-01-1937, transferido para o depósito de Presos de Peniche e, depois, para o Reduto Norte do Forte de Caxias.
Julgado pelo Tribunal Militar Especial em 23 de fevereiro de 1938, foi condenado na pena de 3 anos de desterro, na multa de 1.000$00 e na perda dos direitos políticos por 10 anos. Regressou ao Forte de Peniche e, em 08-06-1938 foi embarcado para o Depósito de Presos de Angra do Heroísmo.
Em 24-05-1940, baixou ao Hospital Civil de Angra do Heroísmo, onde vai falecer no dia 30 de maio de 1940, com a idade de 46 anos.

Manuel José Barbosa

Data da morte:

Jornaliro, natural de Vila da Feira,foi entregue em 17-03-1938 na Delegação da PVDE no Porto pelo Comando da PSP dessa cidade, ficando à ordem do Tribunal Militar Especial.
Cerca de uma semana depois, no dia 23 de março, baixou ao Hospital de Santo António do Porto, aí falecendo, vítima dos maus tratos sofridos às mãos dos agentes da PVDE, no dia 22 de maio de 1938.