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Memórias e Estudos Fase I

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É numerosa a produção memorialística sobre a primeira fase do Campo de Concentração do Tarrafal (1936-1954) e, bem assim, são já assinaláveis os estudos publicados, sem esquecer catálogos de exposições e outras iniciativas de divulgação e de debate sobre essa realidade.

Nas respetivas fichas, a que pode aceder clicando no seu título, prestamos informação complementar sobre cada obra e, quando possível, incluimos algumas citações de especial relevância informativa.

Tentamos reunir aqui, por ordem alfabética do título, essas referências, ainda que tenhamos consciência de que poderemos falhar algumas delas - que sempre introduziremos à medida que delas tenhamos conhecimento.

Memórias

Peça em quatro quadros e um epílogo. Franco de Sousa
9 Anarquistas mortos no Campo de Concentração do Tarrafal
Publicação da URAP sobre o tarrafalista Manuel da Luz Graça
"Podem chacinar-nos, podem algemar a liberdade, podem erguer uma prisão em cada lar e abrir uma sepultura em cada metro de terra! Os homens tombarão, mas as ideias nobres ficarão sempre de pé até que, por sua vez, possam triunfar sobre o último dos algoses". (J. Correia Pires)
"O trabalho a que nos forçavam foi assumindo várias formas, conforme as circunstâncias e, sobretudo, conforme os directores do campo" Gilberto de Oliveira
Porquê só agora, aos oitenta e oito anos? Edmundo Pedro
Na véspera das cerimónias de trasladação ads ossadas dos mortos do Tarrafal para o Alto de S. João, o Diário de Lisboa entrevista alguns tarrafalistas
Da Guerra de Espanha ao Campo do Tarrafal, Manuel Firmo
Uma das convicções dos antifascistas que estiveram detidos no Tarrafal, era a esperança de que um dia alcançariam a liberdade, quer fosse por vias legais, quer por vias ilegais. Joaquim Ribeiro
Textos de Acácio Tomaz de Aquino, Américo Martins, Custódio da Costa, José Francisco, Marcelino Mesquita e Emídio Santana sobre o 18 de janeiro de 1934
Este livro "foi extraído do arquivo da Organização Libertária Prisional". Acácio Tomás de Aquino
3 artigos sobre o Tarrafal, publicados no "Portugal Democrático", São Paulo, de 03-11-1956, 07-12-1956 e 12-01-1957
Obra escrita em 1931 por Mário Castelhano - não inclui o Tarrafal
Miguel Wager Russell participou em 1932 no Congresso Mundial do Socorro Vermelho Internacional, realizado em Moscovo. Em 1934, foi preso em Madrid. Deportado para o Campo da Morte do Tarrafal, lá continuou cativo até Janeiro de 1946
Trabalho coletivo de sobreviventes do Tarrafal, coordenado por Franco de Sousa, com prefácio de Francisco Miguel.
Quando os primeiros deportados chegaram, encontraram pedregulhos, vento, calor e mosquitos. Manuel Francisco Rodrigues

"Num momento em que muitos, por uma razão ou por outra parecem pretender que se esqueça quantos e quais foram os crimes do fascismo.
Ler este livro escrito pelo nosso saudoso camarada Pedro Soares será muito importante e muito útil para quantos ainda o não leram.

"Ao abandonarmos a vila do Tarrafal pela estrada que se dirige para a aldeia de Chambom, (...) divisa-se logo, à direita, em frente, o talude rectangular que protege o campo, em jeito de fortaleza colonial, encimado pelos torreões para metralhadoras, nos quatro cantos do rectângulo, e pelas guaritas dos soldados. Cândido de Oliveira

Entrevistas

A humanidade não tem nada de que se orgulhar com o Campo de Concentração do Tarrafal.

Estudos

A revolta dos marinheiros no Tejo, em 8 de Setembro de 1936, nos navios Afonso de Albuquerque, Dão e Bartolomeu Dias, com o objetivo de derrubar o regime de Salazar
Dissertação apresentada na Escola Naval sobre a Revolta dos Marinheiros de 1936
Biografia de Augusto Costa, vidreiro da Marinha Grande, deportado para o Tarrafal
O objecto principal da abordagem centra-se numa análise sobre as ilhas enquanto espaços e destinos de desterro e prisão durante o Estado Novo
Assinala os 70 anos da abertura do Campo de Concentração do Tarrafal
O Estado Novo desenvolveu políticas concentracionistas que, através da exclusão e intimidação por tempo indefinido de sujeitos «problemáticos», definem um dos aspectos chave do sistema judicial do Estado Novo e a última fase do seu sistema prisional
República, Ditadura Militar e Estado Novo em Cabo Verde (1926-1939)
O silêncio embaraçado que os dirigentes revisionistas mantêm em torno do 18 de Janeiro tem dado espaço a uma campanha anarquista de recuperação dessa jornada
Pretende-se estudar, debater e propor uma estratégia de conservação a longo prazo das estruturas edificadas do antigo Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde
Pretende-se saber o porquê da construção do Campo de Concentração e da escolha do Tarrafal; quantos reclusos foram deportados para ali; quais eram as origens e os motivos das suas prisões
Inclui biografias de António Estrela e José Correia Pires
A análise geral dos debates organizados no Simpósio sobre o Terrafal permitiu extrair as seguintes Recomendações
Sentir o espaço, contar a história - Centro Interpretativo do Campo do Tarrafal em Cabo Verde
Tomando como tema de estudo a resistência política ligada ao contexto prisional no Campo de Concentração do Tarrafal, pretendeu-se revisitar o período que vai da inauguração desta unidade prisional, em outubro de 1936, até ao seu encerramento, em janeiro de 1954
Traição a Salazar reconstitui com minúcia uma história de intrigas e conjuras, de espionagem e contra-espionagem, uma conspiração que pôs em causa a mais antiga aliança diplomática do mundo, envolvendo o SOE e portugueses que foram, muitos deles, deportados para o Campo de Concentração do Tarrafal